A beleza sempre foi um conceito polêmico! É fato que nos sentimos atraídos por aquilo que consideramos belo, mas o que é ser belo?
Ao longo da história das civilizações humanas, várias concepções de beleza se formaram e foram apresentadas como ideais.
Na antiguidade (Grécia Antiga) a beleza estava mais ligada aos conceitos de saúde, o corpo considerado belo, era aquele que demonstrava harmonia e proporção; homens com corpos fortes, musculosos, demonstravam habilidade para a guerra, assim como corpos femininos com seios volumosos e quadris largos, remetiam a uma melhor capacidade de procriação, portanto, tidos como mais atraentes na época. Época esta, em que, de fato, era muito necessário procriar e vencer as batalhas de guerra, para a continuidade da civilização…portanto, as características que melhor apontavam para estas capacidades geravam atração e assim, eram consideradas belas!
Na idade média, época em que a vaidade do corpo passou a ser considerada pecado e a condição moral e espiritual das pessoas era mais valorizada, o conceito de beleza para as mulheres relacionava-se mais com a imagem da Virgem Maria: Pureza relacionada à pele alva, traços finos e delicados no rosto, seios pequenos…
Com o surgimento do espartilho e dos corsets, já na idade moderna, as cinturas finas começam a fazer parte do imaginário de beleza…
Padrões de beleza, portanto, têem a ver com a cultura de cada lugar e cada época. Muitos outros padrões pelo mundo a fora, alimentaram sentimento de inadequação, não pertencimento, ou fizeram sofrer àqueles que com dificuldade buscaram se adaptar. É o caso da valorização de pés extremamente pequenos na China, valorização de corpos muito magros na modernidade, etc..
Em nossa contemporaneidade, o padrão de beleza sofreu um processo de globalização e massificação devido a velocidade com que as informações veem circulando o mundo, o que faz com que padrões de beleza ainda sejam ditados por uma moda imposta, vista como bela, que não necessariamente considera características peculiares de uma cultura e de um determinado povo, ou de um biotipo…
Isto muitas vezes, pode não ser nada bom para nós, se nos encontrarmos inseguros e infelizes por não possuirmos determinado padrão de beleza trazido pelas mídias…A sensação gerada e alimentada pode ser de inadequação, frustração consigo e até depressão, com evolução para situações ainda mais graves como distorção da imagem corporal e transtornos alimentares como forma de se adequar a um padrão. A ideia é não ter que se adequar a um padrão! Liberte-se!
Afinal, não faz sentido que exista um único padrão de beleza no qual tantas pessoas com origens e histórias diferentes precisem se encaixar…
Cleopatra, “dominou” vários homens, entre os quais os mais poderosos de seu tempo, o general romano Júlio César e seu sucessor Marco Antônio. E dizem que nem bonita era… seu magnetismo estava mais para sua inteligência e a forma como conseguia convencer, seduzir e até manipular, assim, era muito desejada!
O pintor contemporâneo colombiano Fernando Botero, através de suas pinturas com natureza e figuras humanas rechonchudas, arredondadas e cheias de volume, traz à tona a beleza dessas formas através de sua arte.
Arte é beleza, beleza é arte!
Então, como se diz, a beleza está nos olhos de quem vê!- traz nos com sabedoria, mais um ditado popular!
Quem nunca sentiu um frisson por alguém, sem saber nem por quê, talvez por conta de um olhar, de um cheiro, de um jeito de se movimentar, uma maneira de tratar o outro, ou até de uma fragilidade ou de uma idéia fantasiada sobre a dor daquele indivíduo, que nos identifica, nos coloca no mesmo patamar de querermos amar e sermos amados? E isto é o belo!
A beleza que vai além de um padrão, a beleza que vem de outro lugar, do mistério, do carisma ou do não carisma, da vulnerabilidade, do brilho nos olhos guiados pelo prazer ou por um propósito, do autêntico, da essência de cada um, da alma!
Inspire-se e encontre este conceito dentro de você! E perceba como, a sua maneira, você é muito belo!!